domingo, 27 de abril de 2008

GRUMIN informa sobre FORUM de mulheres indígenas-Lima, Peru





Fotos:A líder brasileira,escritora e poetisa,Professora Eliane Potiguara de blusa branca, ao microfone , líder da Rede GRUMIN de Mulheres Indígenas, que aí o representa e conselheira do INBraPI,pela Propriedade Imaterial Indígena.
Eliane muito honra ao Brasil por ser e /ou pertencer ainda:
Fellow da Ashoka;Associação Mulheres pela Paz;REBRA/Rede de Escritoras Brasileiras;ABRALI;OBSERVATÓRIO INDÍGENA;NEARIN;entre outras afiliações.


O flash a mostra, num Painel do Forum de Mulheres Indígenas, recentemente em Lima,Peru,conforme notificamos , defende Propriedade Intelectual, Conhecimentos Tradicionais e biodiversidade sobre LITERATURA E DIREITOS INDÍGENAS.

O grupo das indígenas presentes, devidamente apresentadas com roupas típícas, na maioria.

Mesa de debates do Forum, com Tarcila Rivera, Enlace Continental de Mujeres Indígenas - uma das organizadoras do FÓRUM.

O belíssimo texto abaixo foi-nos enviado por Eliane Potiguara:



"Compromisso com a cultura e o pensamento indígenas



A coisa mais bonita que temos dentro de nós mesmos é a dignidade. Mesmo se ela está maltratada. Mas não há dor ou tristeza que o vento ou o mar não apaguem. E o mais puro ensinamento dos velhos, dos anciãos, partem da sabedoria, da verdade e do amor. Bonito é florir no meio dos ensinamentos impostos pelo poder. Bonito é florir no meio do ódio, da inveja, da mentira ou do lixo da sociedade. Bonito é sorrir ou amar quando uma cachoeira de lágrimas nos cobre a alma! Bonito é poder dizer sim e avançar. Bonito é construir e abrir as portas a partir do nada. Bonito é renascer todos os dias. Um futuro digno espera os povos indígenas de todo o mundo. Foram muitas vidas violadas, culturas, tradições, religiões, espiritualidade e línguas. A verdade está chegando à tona, mesmo que nos arranquem os dentes! O importante é prosseguir. É comer caranguejo com farinha, peixe seco com beiju e mandioca. É olhar o mar e o céu. E reverenciar os mortos, os ancestrais. É sonhar os sonhos deles e vê-los. É conviver com as "manias de cabôco", mesmo sufocados pela confusão urbana ou as ameaças agrestes, porque na realidade são as relações mais sagradas de nosso povo, porque são relações com a terra e com o criador, nosso Deus Tupã. Bonito é vestir os trajes do Toré e honrar-se como se vestira os trajes dos reis e senti-los como a expressão máxima das relações entre o homem , a terra e Deus. É sentir o sagrado e o universo. O importante é crer e confiar mesmo que na noite anterior violaram nossa casa ou nosso corpo. É preciso ouvir os velhos, o som do mar, dos ventos. É preciso a unidade entre as famílias, por isso pedimos a Tupã que nos proteja e dê um basta ao sofrimento secular de nosso povo comedor de mandioca.

Pedimos à força superior, que nossos pensamentos se elevem aos mais profundos planos sagrados da espiritualidade indígena, junto aos velhos, aos curandeiros, aos velhos pajés, muitas vezes apagados pelo poder, mas renascido como FORÇA, pela consciência do povo. Pedimos que nossos espíritos se elevem ao mais sagrado da sabedoria humana e receba a irradiação do amor, da paz e do conhecimento a todas as nossas cabeças indígenas e de outras etnias e povos, transformando todo pensamento discordante , conflituoso em pensamento de paz, que construa a unidade entre todos os seres do planeta Terra.

Que possamos construir a partir de agora, uma grande frente de energias, apoiada por todos que lêem ou ouvem esse compromisso, para garantir a dignidade de povos abandonados , condenados à extinção.

Não! Não podemos admitir a derrota. Há jovens, crianças sorrindo, há mar, há sol, há esperanças. Há espiritualidade! Basta que soltemos as amarras do racismo impostos ao nosso subconsciente, esse inimigo que divide o nosso povo.

Abramos a porta. Entremos. Nossos velhos nos esperam para a cerimônia da paz e da luz inquebrantável.

Um grande marco se está colocando aos anciãos, aos guerreiros, nossos avós, nossas mães, nossos velhos defensores eternos da terra e da natureza.



Vamos meu povo, elevemos nossos pensamentos a Tupã e abramos o nosso coração na "Oração pela Libertação dos Povos Indígenas", pelos 300 milhões de indígenas que habitam o planeta terra. E pensemos na frase sábia do cacique Xavante Aniceto: “A palavra da mulher é sagrada como a

Terra”.





Y ela cria allas

Estabamos alli. Todas pintadas, como si fuesemos para la guerra.

Quando pasabamos por los corredores del Congresso Nacional, en Brasília, en 1988, en ocasión de las atividades políticas que conducian nuestra lucha dentro de la Asamblea Constituyente, las voces hacian un eco y las palmas de las manos batian estridentemente.

Varias formas de bocas, dientes y sonrisas. Pero un mismo corazon pulsaba: La esperanza de que esa Asamblea Constituyente brasileña viniese a traer avances para la garantia de los derechos humanos de los pueblos indígenas. Las personas ejecutivos, funcionarios, parlamentares, todos nos miraban de la cabeza a los pies admirados y curiosos como si fuesemos seres de otro planeta, pero con cariño, ciertos de desconocer la propia realidad de su pais. Estabamos emocionadas. Todos se emocionaban, los ojos brillaban como estrellas y esta emoción se mesclaba al olor del café de la cantina del lado, a los lindos dibujos indígenas, y al olor de la pintura de jenipapo en la cara, al olor del aceite de la castaña de Pará, y al olor del rojo urucum que untaban y abrillantaban los largos cabellos de los Kaiapós, liderados por Megaron y Raoni. Las miradas de los guaranies y el mirar sabio de la índia Marta, llenos de esperanza que titilaban apretados en la capital del país. El mirar de lince de los Terenas y Tukanos mostraban la esperanza por las decisiones. Miradas desconfiadas de los indígenas del Nordeste questionaban el futuro, por sus pajas bravas resecadas por la seca del monte. Las mujeres miraban sobresaltadas, pero resueltas. Marta estaba ahí. Hoy es uma estrella la primera mujer indígena en tener el coraje de criar una Asociación de índios sin aldea: Kaguateka. Sus tierras, sus recursos naturales y sus conocimientos habian se perdido.

Textos: ELIANE POTIGUARA

Fellow da Ashoka
INBRAPI/Inst.Bras.Propriedade Intelectual
Membra Fundadora del Enlace Continental de Mujeres Indígenas
Associação Mulheres pela Paz

Cônsul de Poetas Del Mundo

REBRA/Rede de Escritoras Brasileiras

ABRALI

OBSERVATÓRIO INDÍGENA

NEARIN

www.elianepotiguara.org.br (site da escritora)

www.grumin.org.br (site Institucional)

No microfone, Tarcila Rivera, Enlace Continental de Mujeres Indígenas, uma das organizadoras do FÓRUM.







Lo que queremos para garantizar los derechos de los P.I.





􀂄La posse de la tierra y los recursos naturales.

􀂄La transmision y protecion de los conocimientos.

􀂄La naturaleza coletiva y intergeneracional de nuestros saberes.

􀂄Que sejan adotadas medidas jurídicas para coibir la apropriación y uso indebido de los conocimientos tradicionales





Convención 169 de la OIT

􀂄En los artículos 2º, inciso I, bien como los artículos 4º,6º,7º e 13º de la Convención 169 garantizan la criación de mecanismos participativos de Consultas previamente a la criación de medidas legales que puedan afetarnos diretamente.

􀂄Los princípios de la Declaración de las Naciones Unidas sobre derechos de los pueblos indígenas en sus artículos 3º,26º,27º y 31º reconocen:

􀂄a)La livre determinación y autonomia de los pueblos indígenas para la proteción y control de los recursos naturales y de los conocimientos tradicionales, asi como el dever de los Estados asegurar nuetra participación livre y apropriada



INFORMA GRUMIN/REDE DE COMUNICAÇÃO INDÍGENA

Observação importante:esses textos de Eliane Potiguara poderão ser divulgados, desde que resguardada a autoria.

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