sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

ZILDA ARNS-EXEMPLO DE AÇÃO SOCIAL,por Andréia Donadon -


Um batom no rosto
-um sorriso colorido
criança no braço...

Haikai de Haruko (Clevane Pessoa)



Fonte da foto:http://jornale.com.br/zebeto/wp-content/uploads/2007/11/zilda.JPG

Um corpo que chega,
mas seu espírito em expansão
sublimou-se, azul..,

Haikai de Haruko (Clevane Pessoa)



Com soro caseiro
e multimisturas , salva
mlhares de vidas...

Haikai de Haruko (Clevane Pessoa)

A Governadorado InBrasCI (*), Andreia Donadon, escreve esse texto consistente e fidedigno, para registrar a passagem da Terra damédica Pdiatra Zilda Arns:ao aposentar-se,convocada pelo irmão,Dom Evaristo Arns, abdica de merecido descanso ós trabalho profssional e passa a um plenamente vocacional.E salva crianças.Haverá melhor e mais belo exemplo que aqueles que são pastores .O Mestre já preconizava:"O bom Pastor , dá a vida por suas ovelhas"...

Clevane Pessoa
Diretora egional do InBrasCi

Leiam atentamente as palavras abaixo:





- ZILDA ARNS –
EXEMPLO DE AÇÃO SOCIAL
Andreia Donadon Leal

Zilda Arns morreu vitimada pelo terremoto ocorrido no Haiti em janeiro de 2010. Estava em missão humanitária para disseminar as metodologias da Pastoral da Criança naquele país e ensinar formas simples de realizar “milagres”. Para o filósofo Maurice Blondel milagre é um sinal figurativo e confirmativo da mensagem cristã. Um prodígio significante: aurora da nova criação.

Zilda Arns nasceu para o labor humanitário e religioso; para a aurora da nova propagação do amor universal. Exemplo de vida. Exemplo de persistência. Exemplo dos exemplos. Soldado que combateu a morte em comunidades extremamente carentes. A idealizadora da Pastoral da Criança conseguiu, com medidas simples combater a desidratação e a desnutrição. Sua ação em prol da vida, da saúde, da educação e da cidadania foi aplicada e multiplicada por milhares de voluntários de boa vontade no país e no exterior. Os atos da doutora Zilda Arns lembram o episódio da partilha dos pães de Jesus, narrado em Mateus 14, 13-21, “quando Ele pediu a seus discípulos que alimentassem a multidão de quase cinco mil homens, mulheres e crianças, que estavam no deserto, com apenas cinco pães e dois peixes. Jesus multiplicou, erguendo os olhos ao céu, abençoou e partiu os pães para que seus discípulos distribuíssem à multidão”. Eis uma das passagens mais marcantes e significativas, contada na Bíblia: a partilha. Zilda partilhou e multiplicou a boa vontade, o trabalho, a persistência e a bondade na Pastoral da Criança, Organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB. O objetivo do Organismo é o desenvolvimento integral das crianças e promover, em função delas, também suas famílias e comunidades, sem distinção de raça, cor, profissão, nacionalidade, sexo, credo religioso ou político.
Pessoas que idealizam e trabalham diretamente em áreas que envolvem a ação social nascem com esse dom, sem sombra de dúvida. Há que ter capacidade intelectual (psicológica – física), humanitária; liderança, respeito da comunidade, popularidade e criatividade para atuar com brilhantismo e simplicidade em missões que salvam e melhoram a qualidade de vida de seres humanos.

No artigo “O milagre do sorinho e outros milagres”, editado na Revista Veja de 20 de janeiro de 2010, Roberto Pompeu de Toledo louva e destaca o diferencial do trabalho social da humanista. Diz Pompeu de Toledo: “A doutora Zilda Arns fez tudo ao contrário de como costumam ser feitos os programas de políticas públicas no Brasil. Não chamou o marqueteiro, como providência inaugural dos trabalhos. Não engendrou uma generosa burocracia, capaz de proporcionar bons e agradáveis empregos. Não ofereceu contratos milionários aos prestadores de serviço. Sobretudo, não anunciou o programa e, com o simples anúncio, deu a coisa por feita e resolvida. Milagre dos milagres”... O filósofo Santo Agostinho considera o milagre no horizonte da atividade criadora de Deus, que deixou sementes e virtualidades nas coisas. No milagre importa mais o seu valor de sinal e não tanto o de transcendência física. Para Santo Agostinho, o importante no milagre é sua capacidade de elevar o homem à inteligência das realidades do mundo da graça. Não nega a intervenção direta de Deus, mas acima de tudo é um sinal devido ao seu caráter não-habitual ou extraordinário. O milagre realizado pela doutora Zilda foi um ato físico e real; não algo sobrenatural, percebido aos olhos da fé, testemunho escrito por Deus nos fatos, mas sim a figuração, a transposição, a realidade de atos e de palavras transformadas em bondade, em benefícios concretos e permanentes para a humanidade. Pompeu de Toledo não se referiu ao milagre como manifestação divina, realizado por Jesus, por exemplo, na ressurreição da filha de Jairo (Mateus 9.18, 23-26; Marcos 5.22-24, 35-43; Lucas 8.41,42, 49-56) ou na transformação de água em vinho (em João 2.1-11) e outros; referiu-se ao caráter milagroso em sua atuação, que salvou milhares de vidas. Exemplo extraordinário e profícuo, seguido por milhares de pessoas que trabalham e continuarão seu caminho no combate à desnutrição e à mortalidade infantil. Descanse em paz Zilda Arns, seu nome e sua contribuição para a humanidade jamais serão esquecidos!



(*) InBrasCI-Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais.
(**) Andreia Donadon:Governadora, em MG, do InBRasCI
Embaixadora Universal da paz-Cercle de Les Ambassadeurs Univ.de La Paix/genebra, Suiça/Orange-França.
Presidente da ALB/Marina/MG

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