quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Elizabeth Rennó -Oito Décadas Poéticas de Existir




Postado por Clevane Pessoa de Araújo Lopes em 10 fevereiro 2010 às 00:58



terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Elizabeth Rennó -Oito Décadas Poéticas de Existir




Foto b)Elizabeth Rennó , em sessão solene da Academia de Letras feminina Mineira de Letras- AFEMIL , em novembro de 2010, durante minha posse na Cadeira número 05, Cecília Meireles,em novembro de 2009.Fui saudada por ela, de forma tocante para mim ( a quem convidara uns anos )


Nesta quarta feira, 10 de fevereiro, na Academia Mineira de Letras , Maria Elisabeth, Daniel Henrique e Guilherme Fernando, receberam amigos, poetas, escritores, para a importante comemoração do aniversário de Elizabeth Rennó, que completa, galhardamente, 80 anos de existir.E se é verdade que a alma é espalhada no rosto e no olhar, bem pode-se aquilatar a beleza dessa alma criativa e poética, ao contemplá-la .

O rosto de pele bonita, o olhar pleno de luz, as espirais do tempo enlaçando-a, semparecer incomodá-la.Às vezes, deixa apressada a AFEMIL, porque vai à AMULMIG(*).Surpreende-me essa disposição, essa beleza interior- encontro nela própria, nos seus versos, a sabedoria feminina que explica a mutabilidade temporal, o ser e o não ser, alternados para maior flexibilidade, e encanta-me , em Ronda Universal, livro publicado pela aNome livros, entre outros tantos igalemnte belos e significativos :

INTERMITÊNCIA

O rio
já não é o mesmo
águas passadas
relembram o moinho.
Flui
a vida.
Para
o amor
Somos
e não somos.

(Elizabeth Rennó)

O livro cito é realmente o que promete seu título, uma RONDA UNIVERSAL, que perpassa pela mitologia, amplia-se em fé, abarca paisagens, abraça dona lua("imota em sua nudez/qual Frinéia ante os juízes//soberana de beleza/impera sobre nós/passantes passaeiros/oráculo secular").

Uma dezena de livros, prêmios importantes-do BDMG Cultural de Literatura aos da Academia Mineira de Letras,pertence a várias Academias e também à IWA(International Writers and Artists) presidida por Terezinka Pereira.

Elizabeth Rennó sempre dá-me a impeessão de autocontrole e finuar, filosofia de vida consistente e capacidade de julgamento ímpar.

Gosto muito dela e parabenizá-la deixa-me uma sensação muito boa de respeito e admiração.

Vida longa a Elisabeth Fernandes Rennó de Castro Santos e sua Poesia, que se entretece à sagacidade ,à leveza,à beleza e à cultura, enquanto, rosácea olorosa, convida a um só tempo, à contemplação e à ação, reflexos de seu feitio singular.

Sinceros parabéns!

Clevane Pessoa de Araújo Lopes

Cadeira n.05-Cecília Meireles-da AFEMIL e cadeira n.11-Laís Corrêa de Araújo-da ALB/Mariana

Saúdo-a em nome dessas e de outras entidades às quais pertenço:InBrasCi, IMEL, ATRN,ADL,ALI, AMI, ACL, ATO, ONE, virArte, SPVA/RN, Confraria dos Poetas, Ordem Sereníssima da Lyra de Bronze, Cercle UNiv. de Les Anmbassdeurs Univ.de La Paix.


BRANCA PAZ

Elizabeth Rennó.



Desdenhado o fruto

É a pena de Caim

Que perdura

Para sempre



Desperta Jerusalém

De teu sono profundo

Pois as trombetas de Jericó

Ressoam cânticos de guerra



O tom da discórdia

Tinge os maronitas

Judá se levanta

Israel se cobre de púrpura



Seguem as legiões de César

E deixam rastros de sangue

No deserto cindido

Cinge Marco Antonio sua ilharga



Levantam-se guerreiras

As potências triunfantes

Dominando povos e gentes

Despojados e vencidos



E se sucedem astros-reis

Napoleões de outrora

Furores arianos

Donos de holocaustos



Novas legiões manipuladoras

Que deixam fuzis bombas e mísseis

E implantam engenhos nucleares

E cargas bacteriológicas



A pessoa única e só

Tem destino transviado

A busca do eterno se despreza

Não se reconhece o irmão vietnamita



Que se edifique a paz

Cotidiana e santa

Doméstica e esotérica

De laços fraternos e gavinhas eternas



Que caiam os pétreos muros

Que pontes se levantem

E o cavaleiro da espada chegue a poente

Sobre barreiras sangrentas transpostas



Que as cores humanas

Sejam newtonianas lembranças

De brancura absoluta

Em total integração



Que paterna solicitude

Esteja no despertar do infante

Em seu corpo e em sua alma

Em projeto de vida em ascensão



E que a paz chegue

E se dimensione

Cobrindo a convulsão dorida do planeta.



(Cantata em dó maior, 1997)

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Em seu aniversário

A Elizabeth Rennó

No porte régio, um nome de rainha,
na busca permanente, a inquietude
dos que querem sempre saber mais e mais:
libélula,
entre beijos na água e vôos constantes
com o azul do céu a estabilizar
os movimentos incansáveis.
Por outro lado, é rosa, pétalas fartas
a oferecer receitas de beleza,
apenas pela sabedoria de existir
cercada de Poiesis, de onde extrai
os óleos essenciais à vida plena!

Clevane Pessoa
Postado por Clevane pessoa de Araújo Lopes às 09:23
Marcadores: Elizabeth Rennó--Oito Décadas de Existir

Fonte:http://filtrodesonsesonhos.blogspot.com/
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