sábado, 22 de novembro de 2008

Tela da artista mineira aldravista Deia Leal-conquista o primeiríssimo lugar em Concurso Internacional de Artes Plásticas na Espanha



Reservo-me apenas à alegria pura e simples de divulgar essas alvíssaras, pois quero que saboreiem as palavras de Donadon.

J.B.Donadon conhece muito bem a obra de Deia Leal(a escritora e Poeta Andreia Donadon) e comenta , com propriedade e regozijo,o ~exito, a excelência desse primeiríssimo lugar.Há algum tempo,vigio o tempo -a jovem mulher merece seu lugar tanto ao sol quanto ao luar.Alma enluarada, só traz alegria aos amigos.A ela, meu abraço cheio de satisfação.

Apenas acrescento que ela é dessas pessoas que sabem subir montanhas, entrar em grutas e descer abismos, sem se perder de si, nem de seus ojetivos.Agora, leaim o texto de donadon-e sinta as sutis vibrações de sua alegria .

Prometo pedir-lhe uma foto dessa tela premiada em primeiro lugar

Clevane Pessoa de Araújo Lopes


"Tela de artista mineira conquista o primeiríssimo lugar em Concurso Internacional de Artes Plásticas na Espanha
Por: J. B. Donadon-Leal


Primeiro lugar absoluto no Concurso Internacional de Artes Plásticas Compositor Antônio Gualda – 2008, promovido pela Associação Cultural Valentin Ruiz Aznar, em Granada, Espanha, a tela Revolta da Mata, acrílica sobre eucatex (100cm X 80cm), de Déia Leal, confirma a arte aldravista como uma proposta conceitualmente justificada em seu percurso metonímico de arte visual. A artista do movimento aldravista de Mariana que já havia conquistado o terceiro lugar desse concurso em 2006, consolida-se como uma das mais talentosas artistas da nova geração das artes visuais no mundo, pois conquistou o primeiro lugar geral em um certame que contou com a participação de artistas de 34 países, entre os quais alguns já veteranos na arte de pintar. O resultado foi divulgado no último de 22 no site oficial da associação promotora: http://usuarios.lycos.es/avra/id191.htm

O que encantou o corpo de jurados do concurso? A tela Revolta da Mata inova em muitos aspectos na arte. Pertencente a uma coleção intitulada emaranhaminas, essa tela revela a agonia da mata mineira carcomida pela exploração humana, especialmente pela ação mineradora. A técnica da artista é inovadora e reveladora, mostra, sem desenhar objetos ou paisagens, os conceitos narrados na tela com manchas que traduzem as imagens conceituadas. Não é apenas arte conceitual, pois a artista explora a polifonia do texto visual, abrindo possibilidades de diálogos com os múltiplos conceitos que circulam pela narrativa projetada na tela. A revolta – o conceito básico e gerador dos conceitos possíveis dele derivados – explode nas metonímias das cores: vermelho que se derrama em claras manchas de sangue e negro que se sobrepõe como eras que buscam cobrir a floresta ferida. Ambas as ações sufocam a floresta: a ação mineradora é devastadora e põe agonizante a mata; as eras igualmente sufocam as árvores em sua ação parasitária, numa espécie de suicídio em razão da impotência ante a ação homicida da mineração. O tema é atual e visível na região da artista, entre Itabira, Santa Bárbara e Mariana, em Minas Gerais. O tema é universal, uma vez que a preocupação com a preservação da natureza e o combate ao efeito estufa é cada vez mais presente nas ações educativas de todos os povos e dialoga com os discursos preservacionistas. A Revolta da Mata é um grito de alerta, é uma oração de súplica, ao mesmo tempo em que se faz réquiem à floresta martirizada. Contrário a todas as tendências extrativistas o verde ainda resiste vivo e respira, desejando sobreviver, como faz grande parte das espécies nativas desse semi-serrado que agoniza no inverso prolongado sem chuvas para rebrotar na primavera."

(J.B.Donadon, Pós Doutor em Análise do Discurso, Professor da UFOP,Poeta e autor de vários livros-que recentemente recebeu, no Rio de janeiro, a Medalha Artur da Távola)

Divulgação da Direção regional do inBrasCi em belo Horizonte.

Clevane

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