sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

ZILDA ARNS-EXEMPLO DE AÇÃO SOCIAL,por Andréia Donadon -


Um batom no rosto
-um sorriso colorido
criança no braço...

Haikai de Haruko (Clevane Pessoa)



Fonte da foto:http://jornale.com.br/zebeto/wp-content/uploads/2007/11/zilda.JPG

Um corpo que chega,
mas seu espírito em expansão
sublimou-se, azul..,

Haikai de Haruko (Clevane Pessoa)



Com soro caseiro
e multimisturas , salva
mlhares de vidas...

Haikai de Haruko (Clevane Pessoa)

A Governadorado InBrasCI (*), Andreia Donadon, escreve esse texto consistente e fidedigno, para registrar a passagem da Terra damédica Pdiatra Zilda Arns:ao aposentar-se,convocada pelo irmão,Dom Evaristo Arns, abdica de merecido descanso ós trabalho profssional e passa a um plenamente vocacional.E salva crianças.Haverá melhor e mais belo exemplo que aqueles que são pastores .O Mestre já preconizava:"O bom Pastor , dá a vida por suas ovelhas"...

Clevane Pessoa
Diretora egional do InBrasCi

Leiam atentamente as palavras abaixo:





- ZILDA ARNS –
EXEMPLO DE AÇÃO SOCIAL
Andreia Donadon Leal

Zilda Arns morreu vitimada pelo terremoto ocorrido no Haiti em janeiro de 2010. Estava em missão humanitária para disseminar as metodologias da Pastoral da Criança naquele país e ensinar formas simples de realizar “milagres”. Para o filósofo Maurice Blondel milagre é um sinal figurativo e confirmativo da mensagem cristã. Um prodígio significante: aurora da nova criação.

Zilda Arns nasceu para o labor humanitário e religioso; para a aurora da nova propagação do amor universal. Exemplo de vida. Exemplo de persistência. Exemplo dos exemplos. Soldado que combateu a morte em comunidades extremamente carentes. A idealizadora da Pastoral da Criança conseguiu, com medidas simples combater a desidratação e a desnutrição. Sua ação em prol da vida, da saúde, da educação e da cidadania foi aplicada e multiplicada por milhares de voluntários de boa vontade no país e no exterior. Os atos da doutora Zilda Arns lembram o episódio da partilha dos pães de Jesus, narrado em Mateus 14, 13-21, “quando Ele pediu a seus discípulos que alimentassem a multidão de quase cinco mil homens, mulheres e crianças, que estavam no deserto, com apenas cinco pães e dois peixes. Jesus multiplicou, erguendo os olhos ao céu, abençoou e partiu os pães para que seus discípulos distribuíssem à multidão”. Eis uma das passagens mais marcantes e significativas, contada na Bíblia: a partilha. Zilda partilhou e multiplicou a boa vontade, o trabalho, a persistência e a bondade na Pastoral da Criança, Organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB. O objetivo do Organismo é o desenvolvimento integral das crianças e promover, em função delas, também suas famílias e comunidades, sem distinção de raça, cor, profissão, nacionalidade, sexo, credo religioso ou político.
Pessoas que idealizam e trabalham diretamente em áreas que envolvem a ação social nascem com esse dom, sem sombra de dúvida. Há que ter capacidade intelectual (psicológica – física), humanitária; liderança, respeito da comunidade, popularidade e criatividade para atuar com brilhantismo e simplicidade em missões que salvam e melhoram a qualidade de vida de seres humanos.

No artigo “O milagre do sorinho e outros milagres”, editado na Revista Veja de 20 de janeiro de 2010, Roberto Pompeu de Toledo louva e destaca o diferencial do trabalho social da humanista. Diz Pompeu de Toledo: “A doutora Zilda Arns fez tudo ao contrário de como costumam ser feitos os programas de políticas públicas no Brasil. Não chamou o marqueteiro, como providência inaugural dos trabalhos. Não engendrou uma generosa burocracia, capaz de proporcionar bons e agradáveis empregos. Não ofereceu contratos milionários aos prestadores de serviço. Sobretudo, não anunciou o programa e, com o simples anúncio, deu a coisa por feita e resolvida. Milagre dos milagres”... O filósofo Santo Agostinho considera o milagre no horizonte da atividade criadora de Deus, que deixou sementes e virtualidades nas coisas. No milagre importa mais o seu valor de sinal e não tanto o de transcendência física. Para Santo Agostinho, o importante no milagre é sua capacidade de elevar o homem à inteligência das realidades do mundo da graça. Não nega a intervenção direta de Deus, mas acima de tudo é um sinal devido ao seu caráter não-habitual ou extraordinário. O milagre realizado pela doutora Zilda foi um ato físico e real; não algo sobrenatural, percebido aos olhos da fé, testemunho escrito por Deus nos fatos, mas sim a figuração, a transposição, a realidade de atos e de palavras transformadas em bondade, em benefícios concretos e permanentes para a humanidade. Pompeu de Toledo não se referiu ao milagre como manifestação divina, realizado por Jesus, por exemplo, na ressurreição da filha de Jairo (Mateus 9.18, 23-26; Marcos 5.22-24, 35-43; Lucas 8.41,42, 49-56) ou na transformação de água em vinho (em João 2.1-11) e outros; referiu-se ao caráter milagroso em sua atuação, que salvou milhares de vidas. Exemplo extraordinário e profícuo, seguido por milhares de pessoas que trabalham e continuarão seu caminho no combate à desnutrição e à mortalidade infantil. Descanse em paz Zilda Arns, seu nome e sua contribuição para a humanidade jamais serão esquecidos!



(*) InBrasCI-Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais.
(**) Andreia Donadon:Governadora, em MG, do InBRasCI
Embaixadora Universal da paz-Cercle de Les Ambassadeurs Univ.de La Paix/genebra, Suiça/Orange-França.
Presidente da ALB/Marina/MG

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

LU Peçanha, no lançamento de Essência e Memória Antologia de Fotografia Contemporânea-Portugual


Uma rosa virtual para a amiga Lu Peçanha, com os parabéns pela conquista e j´pa a aguardar a empreitada sobre a URBE.



Lucilene Peçanha, autografando a antologia




Lu Peçanha, discorrendo sobre o livro, para convidados, editores, fotógrafos e participantes presentes, em Lisboa.

Veja mais fotos em:http://lupeçanhafotografias.blogspot.com



Amigos:


Tenho a impressão de que estive em Portugal, para o lançamento dessa segunda antologia onde participa nossa amiga, fotógrafa e psicóloga, LU PEÇANHA.Acompanhei os preparativos, por e-mail e telefone, falamo-nos dias antes, quando ela , em Lisboa, passava pelo frio sazonal e até iria fotografar a Serra da Estrela, nevada.

Depois,logo após o lançamento e os autógrafos, fui ao site da editora CHIADO, oinde slides já desfilavam aos meus olhos, em busca da amiga, para compartilhar sua alegria.Ela parte para uma terceira edição.Ama a fotografia, e apesar da Psiciologia ser uma ciência da palavras, nas imagens encontra ecos à alma sensível e generosa.Por isso, diz a respeito de seu amor pela arte fotógáfica :



"...porque nem sempre as palavras são suficientes para expressarmos nossos sentimentos..."



Visite, dela:



http://lupecanhafotografias.blogspot.com/



e

http://br.olhares.com



Em Olhares, você encontrá 407 fotos, e, nessas faces, a dela próipria, muito bela e serena.



No momento, Lucilene prepara o encontro para autógrafos , na capital miniera, onde está radicada.Nasceu no pará e conserva o mistério das florestas em seu olhar profundo.



Aproveito para agradecer a constante citação que ela faz de meu nome, embora saiba que nada demais faço, exceto quere mesmo, ter em seu espírito livre, um lugar para ser e estar, admirar e recomendar.Eu também gosto apenas do que é bom.Qual o seu trabalho.E agradecer a fotografia que fez de mina mostra de poemas e desenhos, GRAL FEMININO PLURAL, na galeria da Árvore, do Museu Naciuoinal de Poesia(MUNAP), dirigido por outra fotógrafa, Regina Mello.Eu a coinheci na ouverture, onde ela foi por solicitação de nosso amigo coimun, o brasieliro Edson Pereira de Almeida, Chanceler do inBrasCI, que reside na Ilha da Madeira.



E informo que Lucilene Peçanha, neste ano de 2010, será membro do InBRasCi, Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais, em evento a ser marcado pela Governadora em MINAS da entidade, Andréia Donadon , outra mulher jovem e cheia de talentos.



Clevane Pessoa de Araújo Lopes



Diretora Regional do inBRasCi



Belo Horizonte, Janeiro de 2010





http://br.olhares.com/faces_02_foto2301489.html

http://lupecanhafotografias.blogspot.com/



http://clevanepessoaeoutraspessoas.blogspot.com


http://lupecanhafotografias.blogspot.com/
Lu Peçanha Fotografias

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Lançamento do Livro Essência e Memória - Antologia de Fotografia Contemporânea - Volume II
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Lançamento do Livro Essência e Memória- Antologia de Fotografia Conteporânea - Volume II


O lançamento do livro Essência e Memória - Antologia de Fotografia Contemporânea - Volume II, foi um sucesso absoluto. Ocorrido no dia 10 de janeiro em Lisboa, teve a presença da fotógrafa brasileira Lu Peçanha como uma das autoras do livro. Uma comemoração alegre, para um livro lindo com fotografias espetaculares. A autora brasileira relata com muita alegria e satisfação o evento: "Foi maravilhoso compartilhar mais uma vez, de um lançamento com os vários autores que ali estavam. Conheci muita gente, novos autores, e seus familiares. Uma experiência marcante que teve um sabor de quero mais. Quero agradecer a hospitalidade e o carinho recebido pelos portugueses e principalmente a todos os autores".
A autora brasileira que já se prepara para sua terceira participação de outro livro de fotografias, o Olhar a Urbe (Olhar Urbano), previsto para 2010, também pela Chiado Editora, e que terá o lançamento em Lisboa, esteve no Chile em dezembro passado, com membros de Poetas Del Mundo, preparando suas novas fotos para o próximo livro. Ela diz: "Minha participação no Olhar a Urbe, será dedicada ao Chile. Uma experiência que tocou muito meu coração visto que tive a oportunidade de conhecer mais de perto o trabalho dos Poetas Del Mundo e compartilhar com este grupo momentos de muito aprendizado. Também sou membro de Poetas Del Mundo, mas enquadro-me no trabalho como uma poeta da fotografia. Agradeço todo apoio e carinho recebido pelo senhor Luis Arias Manzo, chileno, Presidente - Fundador de Poetas Del Mundo, sua noiva Maggy Gomez, colombiana, psicóloga e também ao Comunicador Social, David Altamirano Hernandez, que me entrevistou quando eu estava no Chile e a todos membros de Poetas Del mundo que tive a oportunidade de conhecer.
Enquanto estive em Lisboa, tive o apoio sempre tão preciso e carinhoso da grande amiga, jornalista, poeta e escritora, CLEVANE PESSOA, que mesmo aqui no Brasil, com sua sensibilidade sempre atenta, levava meu trabalho para o mundo. Uma amizade de tão pouco tempo, mas que com certeza já vem de outros momentos. Seu apoio e confiança em meu trabalho, tem me dado a força necessária para seguir sempre em frente. Obrigada minha querida amiga. CLEVANE PESSOA é a Luz que todo artista precisava ter.
A autora Lu Peçanha, no momento de falar sobre o livro.
Os autores recebendo seus livros e já autografando.

Lu Peçanha, autografando e recebendo o autógrafo de Cristina Mestre, autora portuguesa.


Lu Peçanha e a autora portuguesa Xu, com olivro tão esperado. "A Xu é a alegria em pessoa. Beijos enormes".


Lu Peçanha com as autoras portuguesas Cristina Mestre e Isabel Sallazar. Mulheres incríveis. Agora grandes amigas.


Lu Peçanha e a autora portuguesa Cristina Mestre.


Momento de reunir os autores para a foto oficial. Foi difícil porque tínhamos muito que conversar.

Quero agradecer também a minha modelo Loani, que participa do livro e que esteve presente registrado todo o evento, ao senhor Antônio Vieira, editor de fotografia e grande amigo, que mesmo depois de uma cirurgia de emergência, conseguiu conduzir este maravilhoso evento com muita maestria.
Obrigada
Lu Peçanha
Fotografias: Loani






Postado por Lucilene Peçanha às 04:10 0 comentários
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Lançamento do livro Essência e Memória – Antologia de Fotografia Contemporânea Volume II
Mais um belo livro da Chiado Editora, em sua segunda edição, traz de volta a Lisboa a fotógrafa brasileira Lu Peçanha, como uma das autoras do livro, com data prevista para janeiro de 2010 e local a ser anunciado ainda esta semana.


Sobre o livro


O Livro Essência e Memória – Antologia de Fotografias Contemporâneas Volume II é a essência de tudo que um fotógrafo quer: o registro e sua memória. Os momentos marcantes, os lugares espetaculares, olhares que nos tocam, enfim, todo o nosso mundo exposto através da fotografia.
Os autores deste livro participam com três de suas melhores fotografias sem que estejam presos a algum tema. Cada um vai expor aquilo que acha o seu melhor, a sua essência, a sua memória. Um livro lindo, apaixonante, cheio de histórias e sentimentos revelados pelas capturas de cada autor.
E como se não bastasse tanta beleza, vem com um objetivo de solidariedade. Todos os direitos de autor serão doados a Associação Meninos de Oiros, uma instituição sem fins lucrativos, criada para a defesa das crianças de Azeitão e Setúbal – Portugal, que foi constituída por escritura pública, outorgada em 14 de maio de 2003 e a qual foram conferidos o estatuto de Instituição Particular de Solidariedade Social, reconhecida como pessoa coletiva de utilidade pública, em dezembro do mesmo ano. A Associação Meninos de Oiros, faz parte da Comissão Alargada da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Setúbal e está com um vasto projeto na área de defesa dos direitos das Crianças.
Uma atitude que a meu ver, engrandece ainda mais a beleza do livro trazendo-nos a consciência de estarmos atentos as necessidades daqueles que precisam de nosso apoio.

Conheçam mais detalhes em: http://www.meninosdeoiro.org/
Sobre Lu Peçanha




Nasci em Belém do Pará, mas atualmente moro em Belo Horizonte no estado de Minas Gerais (Brasil). Comecei a fotografar desde menina e fui aprimorando as técnicas da fotografia sem que tivesse a intenção de assumi-la como profissão. Com o tempo, fui descobrindo que fotografar era algo muito mais forte do que imaginava. Acabei montando meu estúdio e assumi de vez minha grande paixão. Sou Psicóloga Pesquisadora de formação e me sinto realizada em ambas as profissões. E unindo as duas coisas, encontrei o equilíbrio entre a emoção e a razão. Considero-me uma retratista por paixão, pois adoro fotografar pessoas, por isso minhas fotografias são sempre voltadas para elas.
Recentemente participei do livro Olhar a Nu, um livro de Fotografias do Nu em preto e branco, lançamento da Chiado Editora, em Lisboa, Neste livro, fui a única brasileira a fazer parte do grupo de autores, juntamente com fotógrafos de outros países e agora estou de volta na Antologia Essência e Memória Volume II, também pela Chiado Editora.
Aqui no Brasil tenho feito exposições individuais e participado como fotógrafa de Exposições, Encontros, como o que aconteceu em novembro deste: O 1° Encontro de Embaixadores, Cônsules e Poetas Del Mundo em Belo Horizonte – Brasil, onde tive o prazer de conhecer o senhor Luiz Arias Manzo, chileno, Fundador e Secretário Geral deste movimento. Um homem incrível e de punhos fortes, visando o bem da humanidade e suas necessidades, levando através da arte sua dedicação por um mundo melhor. Uma experiência maravilhosa, visto que o trabalho da fotografia torna-se muito mais do que apenas capturas. Acabamos nos envolvendo nos trabalhos de outras pessoas como forma de aprendizagem.


Em outro trabalho como fotógrafa e divulgadora, registrei a Exposição Graal Feminino Plural de Clevane Pessoa, jornalista, escritora e maravilhosa poeta. Uma mulher admirável com o coração do tamanho do mundo que no decorrer desta amizade, tem sido minha grande incentivadora e minha mestra, tamanho conhecimento e sensibilidade para entender aquilo que fotografo. Meus agradecimentos a esta “Pessoa”, que através de seu nome já nos traz a poesia literalmente. .


“Não se trabalha sozinho, porque a força vem da união de vários, para enormes conquistas”.

Lu Peçanha

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia


---------- Forwarded message ----------
From:
Date: 2010/1/19
Subject: [culturasparaenses] Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia (regulamento)





Informações sobre o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia



Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia

Regulamento
1. Apresentação
1.1 O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia é um projeto nacional promovido pelo jornal “Diário do Pará – Rede Brasil Amazônia de Comunicação” e que abrange a fotografia em toda sua diversidade.

2. Objetivo
2.1 O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia tem o objetivo de contribuir na ampliação do espaço para a produção fotográfica nacional consolidando o Pará como lugar de reflexão e criação das artes da imagem, e, será aberto a todo o território nacional, aos artistas brasileiros ou estrangeiros residentes no país.

2.2 Tendo como tema de estréia “Brasil Brasis”, o objetivo do projeto é oferecer ao artista uma ampla abordagem sobre este universo temático, já que tanto a arte como a identidade na história contemporânea se constroem como campos culturais híbridos. Pensar o Brasil hoje é pensar vários Brasis em toda sua complexidade, assim como o pensamento fotográfico hoje se constitui de vários campos interligados da visualidade contemporânea. Portanto, o projeto propõe prêmios que possam atender esta diversidade de linguagens no campo fotográfico.

3. Da Seleção
3.1 O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia selecionará até no máximo 25 artistas, incluindo os três (3) contemplados com os prêmios, e destina-se à fotografia contemporânea em todas as suas possibilidades de linguagem, suporte e poética.

3.2 O artista selecionado terá a possibilidade de ser contemplado em qualquer um dos três prêmios, de acordo com a sua linha de trabalho e a proposição específica de cada categoria de premiação, ficando esclarecido que as categorias de premiação não são categorias de inscrição.

4. Das Categorias de Premiação e Valores
4.1 Serão oferecidos três (3) prêmios, nas seguintes categorias, a partir da proposição temática: Brasil Brasis.
I - Prêmio Brasil Brasis – Destinado a todos os fotógrafos selecionados cujo trabalho apresente leitura sobre o tema proposto. Este prêmio atende especialmente aos trabalhos de abordagem documental voltada ao cotidiano, ou originados de um projeto autoral de documentação.

II - Prêmio Diário Contemporâneo – Destinado a todos os artistas selecionados cujo trabalho fotográfico apresente relações com outras linguagens e suportes. Este prêmio atende trabalhos cuja proposta, processo, ou conceito estão em diálogo com a instalação, vídeo, objeto, performance, ou ainda com novas sintaxes na representação fotográfica.

III - Prêmio Diário do Pará – Destinado somente a fotógrafos paraenses e/ou residentes atuantes no Pará por pelo menos 3 anos. Este prêmio abrange todas as poéticas e propostas conceituais.

4.2 Os valores oferecidos pelo Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia são os seguintes:
Prêmio Brasil Brasis – R$ 10.000,00 – Dez Mil Reais
Prêmio Diário Contemporâneo – R$ 10.000,00 – Dez Mil Reais
Prêmio Diário do Pará – R$ 10.000,00 – Dez Mil Reais

4.3 Todos os artistas selecionados receberão uma ajuda de custo para a produção de suas obras no valor de Hum Mil e Duzentos Reais (R$ 1.200,00) cujo pagamento será efetuado após apresentação dos comprovantes dos serviços de produção da obra fotográfica (notas fiscais ou recibos) ao jornal “Diário do Pará”.

5. Da Inscrição
5.1 Para todas as categorias de premiação, juntamente com a ficha de inscrição devidamente preenchida, os trabalhos deverão ser enviados somente na forma impressa, ou seja, dossiê e/ou portfolio no tamanho máximo de 21x33 e que contenham os seguintes itens: série de três (3) a seis (6) imagens no tamanho máximo de 20x25 cada uma, breve apresentação sobre o trabalho com no máximo dez (10) linhas, currículo resumido em uma(1) folha, dados técnicos de montagem, formato e dimensões para apresentação da obra.

5.2 Para o caso de trabalhos afinados com a proposta do Prêmio Diário Contemporâneo, deve ser enviado projeto de montagem juntamente com portfólio, indicando quaisquer outros elementos necessários a devida apresentação da obra. No caso de obras em suporte de vídeo, enviar em DVD juntamente com especificações técnicas, caso seja necessário. Os trabalhos em vídeo não deverão ultrapassar a duração de sete (7) minutos.

5.3 Para trabalhos coletivos, somente um representante assinará a ficha de inscrição. Os demais nomes que compõem o grupo deverão constar no dossiê e/ou portfólio.

5.4 O período de inscrição para o Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia será de 1º de fevereiro a 5 de março de 2010. Os portfólios e dossiês para seleção, assim como os trabalhos selecionados deverão ser enviados para o Museu da Universidade Federal do Pará, aos cuidados do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia – Organização, Av. Governador José Malcher, 1192, Belém - PA Bairro de Nazaré, CEP 66055-260 . Informações poderão obtidas no telefones. (91) 3224-0871 / 3242 – 8340/3084-0100 ramal 0218 (produção).

6. Da Comissão de Seleção e Premiação
6.1 A Comissão de seleção e premiação será constituída pelos seguintes profissionais:
- Mariano Klautau Filho, fotógrafo, pesquisador e curador do projeto;
- Cláudia Leão, fotógrafa e pesquisadora;
- Eder Chiodetto, fotógrafo e curador independente.

7. Da Apresentação dos trabalhos selecionados

7.1 O projeto realizará mostra no Museu da Universidade Federal do Pará em Belém com trabalhos dos artistas selecionados e mais dois (2) fotógrafos convidados pela curadoria, além de um ciclo de palestras, encontros com artista, oficinas, atividades de arte-educação coordenadas pela equipe do museu e a publicação de livro com imagens dos trabalhos selecionados, premiados e convidados acompanhadas de textos críticos.

7.2 Os artistas premiados e selecionados terão imagens de seus trabalhos no livro a ser produzido pelo projeto, devendo enviar imagens em alta resolução para sua publicação.

8. Do Formato e do Tamanho das Obras

8.1 Para as obras bidimensionais os tamanhos não devem ultrapassar o formato de 50x60m. Para os casos de instalação ou objeto, o espaço físico destinado à obra não deverá ultrapassar 2,00m x 3,00m e altura de 2,20m (dois metros e vinte centímetros) de altura, incluindo propostas para instalação de parede.

8.2 Não será permitido o uso de foamboard para montagem, devido a sua fragilidade às condições climáticas da região norte, sendo sugerido em substituição, o uso de PVC ou outro material similar de maior resistência.
8.3 A organização não se responsabilizará por eventuais danos provenientes do uso do material mencionado.


9. Do Transporte
9.1 Todos os candidatos deverão enviar junto com a ficha de inscrição, embalagem adequada com identificação de destinatário e selo devidamente pago para devolução no caso de não serem selecionados, contendo em anexo autorização devidamente assinada pelo autor do trabalho ou seu representante para que a equipe do projeto se encarregue da referida devolução.

9.1.1 Os dossiês que não possuírem esta documentação ou que não forem retirados até a data do dia 25 de março serão inutilizados.

9.2 Os artistas selecionados que não residirem em Belém, devem enviar seus trabalhos no máximo com data de postagem do dia 24/3, ao Museu da Universidade Federal do Pará aos cuidados do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia – Equipe Organizadora sem custos para a organização do projeto, ficando esta encarregada da devolução das obras sem custos para o artista no prazo de 20 dias a contar da data de encerramento da mostra.


9.3 Os trabalhos devem ser embalados com material resistente que não comprometa a integridade física da obra, devendo o artista enviar em anexo, orientações para acondicionamento na devolução, que será feita com reaproveitamento do material de embalagem enviado.


9.4 O Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia e o Museu da Universidade Federal do Pará oferecerão condições adequadas para a mostra, devendo todos os artistas selecionados fazer seguro de suas obras, pois a organização do projeto estará isenta de qualquer responsabilidade em caso de eventuais sinistros ou danos aos trabalhos.
9.5 No caso dos trabalhos dos artistas convidados, o projeto se encarregará dos custos de produção, transporte, embalagem, seguro das obras e outras necessidades técnicas para apresentação do trabalho.

10. Disposições Gerais
10.1 É proibida a participação de parentes de membros da equipe de organização, comissão de seleção e premiação ou empresa promotora e patrocinadora do projeto.
10.2 Os trabalhos a serem inscritos não necessitam ser inéditos, porém não será aceita a inscrição de obras premiadas em outros projetos.

10.3 O trabalho de um dos artistas premiados será incorporado ao acervo do Museu da Universidade Federal do Pará, cabendo à direção do Museu em comum acordo com o artista definir qual formato e condições técnicas de entrega.

10.4 A divulgação dos premiados e selecionados será feita pela imprensa, internet e blog do evento. Em caso de desistência do artista em participar ou de sua não localização no prazo de sete (7) dias ficará automaticamente cancelada a participação do artista.

10.5 A comissão terá autonomia para decidir a não concessão de prêmio para nenhuma das obras, caso não representem, segundo análise, o tema proposto pelo evento.
10.6 A comissão de seleção e premiação é soberana para definir o resultado final da mostra e a inscrição do candidato importa em aceitação de todas as condições propostas no presente regulamento.




Cronograma do Prêmio
Lançamento do projeto: 29 de janeiro / Inscrições: de 1º de fevereiro a 5 de março
Seleção: 10 ,11 e 12 de março / Divulgação selecionados/premiados: 12, 13 e 14 de março
Recebimento das obras: de 15 a 27 de março / Abertura da mostra: 30 de março / Encerramento da mostra: 30 de abril

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

O mineiro Poeta Claudio Bento em Salvador


Foto postada em meu outro blog, Poesia Em Toda parte, crédito meu (Terças Poéticas Palácio das Artes-Belo Horioznte, MG) poesiaemtodaparte.blogspot.com/2009/03/poesia...


O poeta Cláudio Bento convida

para lançamento e leitura do livro Dois poetas e uma
Cidade, dentro do projeto Quartas Poéticas, promovido
pela Associação Poetas Na Praça, da cidade de Salvador.
O evento acontecerá no dia 27 de janeiro, às 16h, na Praça
Nacional da Poesia - Praça da Piedade, centro histórico da
capital baiana.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Ensaio sobre o Fenômeno Poético Wilmar Silva


Joaquim Palmeira (Wilmar Silva)-o autor, com edições de livro .



No PROGRAMA BRASIL DAS GERES, NO ANIVERSÁRIO DE DEZ ANOS MDA REDE MINAS, programa Brasil das GERAES, rOBERTA zAMPETTI, SOB O TEMA GERAL "PARA QUE SERVE A POESIA", entrevista Marcello Dolabella, Clevane Pessoa, Tânia Diniz e Wilmar Silva-DALI, PARTIMOS PARA A ÚLTIMA APRESENTAÇÃO DO ANO DAS TERÇAS POÉTICAS E DIAS DEPOIS, WILMAR SEGUI, COM TROPOFONIA E TUDO PARA BUENOS AIRES.
(FOTO DE GRAÇA CAMPOS)



Aqui, Wilmar aparece com Tânia Diniz-a foto digital foi-me enviada pela poeta e artista plástica Graça campos, que a clicou diretamente da telinha (Programa Brasil das Geraes (Rede Minas de Televisão ) , edição especial para 30 de dezembro, produção de Daniel Helvécio e em entrevista a Roberta Zampetti.


Wilmar Silva


Comecei a escever sobre a "POIESIA" singular e instgante, para alguns, hermética, para outros, sonante e pororoca, para muitos, sonora de bem te vis, antes mesmo de conhecê-lo, pois não encontrava muita coisa na Internet sobre esse mineiro . Depois, através da esposa, Sayonara, fui apresentada a ele -que me levou seus primeiros livros.Isso foi em 2004.

Depois, esse ensaio tornou-se um livo virtual feito por Lourivaldo Perez Baçan (do site Vila das Artes, que fez vinte de meus e-books).

E quando fui convidada pela Rede "OPA!" OnG presidida pelo Poeta Rodrigo Starling e cujo poeta voz é o também brilhante Leonardo Magalhaens (oh, oh, Minas Gerais!!!) , PARA DISCUTIR O POETA E SUA POESIA E DEPOIS, ESPECIFICAMENTE, PARA APRESENTAR ESTE ENSAIO, RESOLVI QUE SERIA BOM LER E COMENTAR .

Foi no SESC LACES, agora em 2009 e outros estavam à mesa, para o mesmo fim ( destrinchar a POIESIS wilmariana) :Rogério Salgado, cujo ensaio foi lido por Rodrigo, Sebastián Moreno e Laia Ferrari (argentinos que trouxram a belo Horizonte o programa de rádio TROPOFONIA e seus desdobramentos, apresentado na Rádio da UFMG, também por Wilmar)e Lívia Tucci, a poeta que canta jazz , autora de O Avesso o Cristal.

Recentemente, os trio (Wilmar, Laia e Sebastian foram à Argentina-de onde o casal é oriundo- onde, em Buenos Aires, apresentaram-se numa extensão do trabalho "poiético" aqui relaizado.

Wilmar, que já lançou a edição de ANU, em várias formas, já no quinto ano de lançamento inicial, lançou Portuguesia, um compêndio de poetas brasileiros e portugueses.Antologia rica e interessante, acompanhada de um DVD com gravações in loco-de sua ida a Portugal, intercambiar esses autores.Também trouxe muitos poetas portugueses às Terças Poéticas, que marcam a história belorizontina de uma POIESIS mescalada, miscigenada, folcórica, clássica, de vanguarda, sonora, musicada, performática ou simplesmente lida.Há lugar para todos os gêneros, nesse espaço hodierno da capital mineira da qual ele é curador.

Disse a Wilmar que vou continuar o ensaio, já com as novas publicações -algumas com o heterônomo "Joaquim Palmeira"-intrigante mistérioo para alguns de seus leiores, essa aposição de novo nome a um poeta cujo prenome e sobrenome já eram renomados.
E já comecei a escrever, a partir de Estilhaços em Lago Púrupura-a versão em espnhol, num trabalho de Sebastián Moreno.Esse livro também tem versões com capas diferentes.O editor que o poeta é, gosta de multiuplicar-se de si.

Hoje, cliqe no Google um dois nomes do Poeta e sentirá a extensão de seu trabalho.

Em meu recial nas terças Poéticas, quando quem o faz divulga um poeta já falecido (homebageei Lindoilf Bell, o poeta catarinnense líder da Catequese Poética) , aproveitei para homenagear Wilmar, entregando-lhe um certificado de Amigo das Artes, da poesia , da Paz e da Vida (assinado por nosso Grupo de Poetas Pela Paz e Pela Poesia:Claudio Márcio Barbosa, Ricardo Evangelista, Marco Llobus e eu, Clevane -Pessoa), aproveitando para dedicae-lhe o meu poema POETA A NU, em alusão direta ao quinto ano de seu livro.

Também no evento Paz e Poesia, colocado por Gabriel Impaglione e Tito Alvarado em "Palabras en el Mundo", Wilmar Silva foi uma das pessoas que recebeu "A Pomba da Paz", criação de Antonio Dayrell.E também já está indicado por mim , para "Embaixador Universal da Paz"

Abaixo, o primeiro ensaio, desta feita publicado no excelente e consagrado jornal virtual Isla Negra, do excelente Gabriel Impaglione (Argentina, Itália...), casado com a renomada poeta italiana Giovanna Mulas, já indicada algumas vezes paa o Nobel de Poesia.


Ensaio sobre o Fenômeno Poético Wilmar Silva


Clevane Pessoa de Araújo Lopes

Ruminar o feno seco e o feno verde da obra de Wilmar Silva, e ainda produzir leite, parece um sacrilégio,de tal forma a densidade do plantel tem nuances tantas e as ondulações de seu ritmo formatos tantos e quantos, que separar o todo em fardos vários, parece temerário.
Todavia, tentarei falar de seus livros e por certo falaria um século, pois tudo que dele brota,tem multifacetadas aparências, às vezes saindo uma coisa de dentro de outra, como um copo de alumínio portátil de suas próprias roscas, similando(simulando?) um disco, um a bolacha,um sol, uma lua, uma medalha e tanto mais.
Moinho de Flechas(*), que em 1991 foi Menção especial no Prêmio Jorge Lima,da União Brasileira de Escritores(RJ), alforje do universo wilmariano,oferece uma escuta de sons que se espraia dentro do contexto.Talvez por ser ator, o Poeta tem a exata noção do ritmo, das aliterações, nele às vezes representadas por silabações, que entre a estrutura mórfica das palavras de eleição e o soar das entonações, faz um crescente de marolas:

“esse levíssimo
traço de traça que laço”
ou “
“o farfalhar das folhas, o forasteiro da floresta” ...

Quem já o ouviu declamar, interpretar, entende essa perseguição necessária que faz à Palavra móvel.Nada nele é estático, nem o olhar, nem o gesto, nem o andar.O pensamento, então, faz-se de trotes e vôos.E ele o persegue com a escrita, não uma qualquer,mas com a poética, urdida, ardida, embora muitas vezes adoce o ardor da pimenta com gotas de mel.
Em Moinho de Flechas, Wilmar está na primeira pessoa, em Ego, Id e Superego, ele que estudou Psicologia e se conhece de suas vísceras.São muitas as declarações, decretos e descobertas de sua entidade sacra, bárdica(as maiúsculas são minhas,para chamar atenção do leitor a esse EU, sujeito de si, oculto ou a descoberto)) :

“(...)pássaras devassas/ENLAÇO de rosto e remela na fímbria /de quem endoidece/”
E ainda:
“(...)por mais que EU tenha olhos/de pirilampo/e gatilho de espinho”.
“(...)VOU tecer sete caminhos nas costas”***(...)”VOU rasgar meu gado no faro”(...)”a reentrância da tua flora EU desfolho”.

Se às vezes se desenha, perfil mágico, noutras, se assume, o deflorador, o desfolhador,nessa linguagem amorosa eivada de metáforas,de eufemismos, como acima.Mas também reconhece a angústia existencial de suas limitações em seus próprios limites ilimitados:onde o Outro entra necessário como um pré-requisito,o poeta se põe de tocaia, para espera.

“(...)vivo de câimbras,e vivo esperando que colham /pintassilgos/
e erva de passarinho” pois “(...)hoje não vou modelar terras alheias(...)”

Quando bate o desânimo, entrega-se ao inevitável;

“(...) esmoreço de fuligem ao raiar do pássaro “(...)

Rende-se, porém ao inevitável:

“(...)caço e não cultivo
a flor de asas e flocos”(...)

Imagens novas fremem:quem mais assim descreveria, recriaria a imagem do passarinho,FLOR DE ASAS E FLOCOS?Outra imagens se reconfiguram nesse febril acto de criar:tais quais “”UM GIRASSOL COM OLHOS DE CAIPIRA”,”A DEMÔNIA VESTIDA DE MARFIM, VESPA E MARINA”entre outras iluminuras.Note-se as quebras de paralelismo semântico, se não propositais, talvez apenas marcas de estilo na segunda parte do livro, intitulada “Ave Ribeirinha”, que isso ele é, esse moço nascido no Município de Rio Paranaíba, aqui mesmo nas Minas Gerais.Piador a avoador,olhos de novidade, a passarinhar trinar,, triar.Importa se troca o significado ou o significante dos vocábulos que dele brotam, quais olhos de nascente água? Não, até porque, ele É e continua:

“ (...)plantei meu canteiro de flores e pólvora,
piso na argila e argila não é nuvem.
a emboscada de suor rutila e floresce
vestida de rasgos e alforriada.
a peneira, um estilhaço que não germina
mas fere, feito navalha no ser”

Este poemeto tem os seis versos completos aí em cima.São do tamanho exato para o dizer.Faz parte da primeira estrutura do livro,quando, à maneira dos versejadores populares, ele que forma um intrínseco mar de dizeres não comuns,numera cada poesia e a chama de “verso”, no caso, a de número 11.
E em continuação à conjugação verbal na primeira pessoa, aponto ainda:

“(...) a confluência de rios adivinho num livro
antigo de ancestrais e fauna e parte fauno”(...)

Tentativas:

“(...) Tentei rasgar camerum com olhos de vidro”(...)

Atitudes:

“(...)guardei em algum ponto da terra,
o coração(...)

Wilmar permuta os saberes intuídos,com outros ofertados:

“(...)EU,também revestido de plânctons,adivinho
o feixe que brilha e ofusca o sol branco .(...)

E se reafirma humano:

“(...) EU faço de mim:
um ser de axilas e incenso”

Sutilezas como esse achado, são sobejas na Poesia de Wilmar, algumas , contundentes e definitivas:

“(...)escrevo com batom a origem do carvão
e vivo de lenhador”

Animismo, panteísmo, originalidade, sobretudo.O prefaciador de Moinho de Flechas, observa com acuidade:

“ (...) Como no neo Barroco e no simbolismo,há um apego ao metafórico,com pouca abertura para a denotação

para a função referencial da linguagem(a função poética está sempre em primeiríssimo plano)Assim não oferece facilidade de leitura”.Algo é sintomático nessa declaração:o ser-de-wilmar, seu ser poético, em verdade, entrosa a cadência de suas descobertas na busca do inusitado, com sua fala teatral.O Ator é adivinhado dentro do Poeta, quais as bonecas russas de madeira, matriuskas encaixadas umas dentro das outras, cada qual completa em sua dimensão.Talvez os leitores com menor vocabulário, tenham de sacar de um dicionário para compreender por qual razão certo vocábulo veio postar-se ao lado de outro.A completude,no entanto, é capturada por essa ave ribeirinha, com olhos de triagem, a bicar no chão das possibilidades...
Penso e entendo Wilmar Silva como alguém, que escreve/interpreta em ondulações perenes.Às vezes sua verve é uma diligência a passar com a tranqüilidade dos tempos calmos de outrora e o veículo, por vezes, será um tílburi.Noutras,é trem-bala, ultrapassando barreiras lingüísticas(como se nunca precisasse explicar-SE,mesmo se faz declarações sobre si mesmo”Ervas e esponjas,EU:ave ribeirinha/alcanço com a planta dos pés,/os rios, de impulso e ataque”).A Maria Fumaça entretanto, sai de quando em vez, apitando e fumaçando, ruidosa,deixando vestígios. Quer-se caipira, sabe-se poeta, esprai-se na areia de seus rios, mas não se deixa enganar pelas chamadas de hordas fascinantes.Se olhar para trás,não verá milhões de seguidores, mas seus leitores formam um compacto grupo de leais admiradores.Se o Brasil inteiro o descobre,se o mundo todo o ler, ave-santa!
Para terminar esse “Moinho de Flechas”,digo saber porque estas são disparadas sem cansaços, ao transcrever o último dizer desse volume:

“(...)conter palavras é como
reter sentimentos e pele”

E como sempre, encanta-me o não paralelelismo das palavras derramadas:”sentimentos epele.Ele é inteiro assim.
Mesmo temendo a provável fragmentação da obra como um todo,vou passar agora para uma ainda mais difícil leitura:a de ANU, fascinante mistério visceral, onde o leitor de mesmices ou o menos paciente, dará voltas e voltas para a necessária compreensão.Se há frases plenas de neologismos no primeiro livro cito,neste,Wilmar engole letras,engole fogo,quebra o ovo, cospe o novo, a novidade,evita o desperdício de letras e desafia o fluxo verbal dos outros, pois ao declamar-se,tudo se amaina, aplaina,escorrega e faz sentido.E passa a incendiar a imaginação de quem ouve...
Em edição da Orobó,ANU existe pleno de palavras desintegradas de letras ou sílabas, mas reintegradas a outra palavra, pela sonância , pelo sentido ou mesmo pela causalidade/casualidade.Assim começa esse exercício poético que ,à exaustão, cansa/descansa a vista do leitor:

“riomarnointeriordasgraiz
euanuavesoubichonasenda
poçodespelhoáslisárguacor
rentondvítriocorpocorpiodfauno
nichodgravetofelindiaviés
véudavalsíndigodobrasil
triçaentrioandorinhasanu”

Possivelmente,não haverá um ror de leitores pois a ociosidade causada pela mesmice rotineira do que nos impõe a mass média ou os currículos escolares ,para degustar esse livro onde o desafio de muitas releituras exigidas demanda tempo e a curiosidade, uma caudal de atenções fora-do-comum.No entanto,para os amantes do belo o convite à decifração é irresistível:do “decifra-me ou devoro-te”esfingeano ao “decifra-te ou devoro-me”, há desertos e oásis, ônus e bônus.Desvendar o “d” pelo “de”há de parecer fácil,reintegrar a desintegração de * rente,onde,vítrio,corpo,cor, pio,de,fauno”* ,no verso quarto, por exemplo, pode tornar-se uma atividade lúdica, mas é bem mais que adivinhação.Descompactar as palavras, em ANU, nas variantes dos vocábulos sintetizados/trocados pela riqueza sonora,é desafio circunstancial por um lado e noutro,estudar as sílabas amalgamadas, nas palavras processuais do verso,um enriquecimento para o amante da Poesia.Ouvir Wilmar a dizer as coisas desse ANU,um

privilégio.

Estroficamente compactados,entropicamente acondicionados, os versos de ANU remetem a sentido de todo que se alcança pelas partes, de um prato que se saboreia pelas beiradas.Quem iniciar pelo centro, pode queimar a língua dos condicionamentos.
Vejamos:

“qeuluarentoaindacotovio”

Apenas aí, os neologismos wilmarianos:de “luarento”, o que está cheio de luar, como alguém suarento está cheio de suor, é capaz de suar,o poeta continua capaz de enluarar-se,indefinidamente:é sua critividade inesgotável, sua inspiração original, de significações justapostas.Wilmar realiza o processo do amálgama, que rejunta,fragmenta para a multivalência da palavra-rítmo.
Um achado descritivo nesse universo passível de interpretações, mas aqui, inequívoco:

“ânuséliscoranéisdesaturno”

E a demonstração de um momento de ira,(talvez):

“drepententigreçoeuouricio”

O verbo entigrecer é mesmo incontestável.Esse ANU cerca-se de outras aves,mescla-se de simboliz/ações,desnorteia valores semânticos velhos demais para esse renovador do Verbo que é o a(u)tor...
ANU é para ter à cabeceira, vale como jogo e instigador de decifrações,treina ao paciência e desafia a Ciência vernácula.Suas figurações,configurações,sonâncias e ressonâncias, se estudadas em grupo, por certo conduzirão a numerosas combinações interpretativas.
O volume de “Lágrimas e Orgasmos” é de per si, interessante: escrito em parceria com Roberto Raquino, deve ser virado para que se termine um autor e inicie os escritos do outro.Primoroso, tem na capa , desenho de Dríade,menina-filha de Wilmar,menina-flor,meninamor.Esse livro–poema é a estréia de Wilmar,por que então está aqui em terceiro lugar?Isso,nada importa.Aleatoriamente, fui apanhando um ou outro de seus volumes.No início, iria mesmo comentar apenas “Moinho de Flechas”, mas foi impossível escapar à sedução desses livros.Na verdade, quero fazer um livro sobre eles, com muito mais setas nos trilhos e nas trilhas.De/marcações.Apenas por prazer pessoal,pois o leitor por certo, os desbravará a seu modo, circunstancial ou propositadamente.
Do parceiro, selecionei,prosa poética mais-que -perfeita, cadenciada, pluricordialmente apresentada(de “ORGASMOS”):

“fonte nas estranhas profundezas do espírito onde se banhar orgasmos de todo lodo que agora é abrigo também foi como ventre só o agora é futuro na fecundidade de um passado lacrimal a fonte em ruínas parece ceder no abrigo do barro estranhas profundezas sob os luares da lua de outono e verão primavera e inverno no corpo banhado sobre todo o mar de lodo orgasmos ventre de entranhas e profundezas e só o agora e aqui é futuro na fecundidade do abrigo que também foi ventre”

Os textos –con/textos são mesmo assim, desvirgulados, desparagrafados,masnão desgovernadas.Releia e perceba a espiral dos encaixes, um” leit motiv” cadenciado sem início nem fim.Wilmar, em “LÁGIMA” “águas e prazeres espelho que atrai quando vem a sinfonia da origem de nascer e a febre sensível dos corpos secos e desvairadamente ocultos na volúpia volátil de sexos macho e fêmema absortos vem a cantiga universal de amar sentir e viver encontrar corpo a corpo orgasmos a orgasmos na alucinação de desejos e vontade de abissar nas carícias do organismo macho e fêmea lágrimas para a vida fruto verde nas brincadeiras sinfonia da origem leite virginal genuíno e leitoso eco da liberdade absortos entre névoas e prazeres águas claras que vêm de encontro à lucidez embriagável de carícias e luzes lágrimas no ventre entre a sede de amar a gota mais suposta por duas almas absortas no amor há um tempo uma lágrima um homem e uma mulher há um prelúdio”
Assim, sem maiúsculas após a pontuação,ou sem nenhuma pontuação, são os verso de Wilmar, processo imitado por muitos, aliás.Claro, há tendências.No caso dele, é um amalgamento de sua estrutura poética.Estilo.
No miolo,da primorosa segunda edição já da Anome, selo do próprio Wilmar,cuidadoso consigo e com os demais editados,fotos dos a(u)tores,em plena mis-en-scéne teatral.Parceria indiscutivelmente rica.
Noutro dia, tive em mãos “ÁGUAS SELVAGENS”,editado pela ASBRAPA(**) E encontro no Wilmar um derrame lírico-erótico-fotográfico.Descreve, circunscreve.
Transcrevo CARBONO:

“Em busca da chama do pecado,
minha carne fragmentada se disfarça,
quebrada fera como se fosse matéria sagrada,
no etéreo perdida entre uivos.
Em busca do fogo do teu corpo,
Há o grito que perde o fôlego e engole a fala,
A possível de carbonizar-me.
Em busca do pecado do teu corpo,
A torta linha por onde me desvirgino,desnudo
Púbis angélico,
Sentidos abertos até à floresta.o mar e o deserto.”

Isso mesmo:as poesias dessas águas têm pontuação, são versos mais comportados,sem as inovações, reinvenções,mas sempre muito belas.
O tema da passarada está muito presente na obra de Wilmar, até nos títulos dos livros, como”O Pardal de Rapina”, de1999,”Arranjos de Pássaros e Flores”de 2002(ambos pela Orobó Edições)...
Do primeiro, leiamos o poema-título:

PARDAL DE RAPINA:

redivivo pardal de rapina
enterro entre ervas e árvore
medra o pio da coruja
preso em meus ouvidos.
cortado pelo sol da tarde
penas misturadas de terra
congelam em mim o sangue
o ópio
a água
o éter

E ainda essa encantadora e imagética poesia:

NOIVA

Pássara de organdi de plúmeo
Sol chegou rajada de esterco
Entre flâmeos coqueiros
Peito cerzido de furta-cor
Coloração verde-chumbo

Selvagem de armas silvestres
Aqueci sua cabeça quase nua
Amadurecendo vestígios de dor
Das feridas e suas cicatrizes
Enchentes a povoar a memória
Aluvião de guelras e escamas

Pássara de organdi planto
A manhã de folhas e flores
Sombra frutas a teu ermo
Guardo em mim
O teu flautim
Teu cheiro de ave curada

Wilmar mais uma vez, demonstra que em si, há a desinstalação das normas gramaticais.Não lhe importam pontuações, talvez porque seu condicionamento de ator,intérprete de emoções apurado, module os versos a partir das emoções de seu dizer.Isso, para mim, entra sempre na estilística de quem escreve com marca e des/compromisso com tudo aquilo não gestado em si, de per si, a seu modo de ser.
Para a filha mais velha, Dríade-o poeta concretizou duas meninas,esta e a pequena Jade-aveluda-se, afloresta-se no mistério e no simbolismo no nome escolhido:

DRÍADE

Sêmen vindo da alma celestial
é o teu ser misturado de sonho
e os devaneios da tua espera
lembram o arco-íris da manhã

ave de veludo ave das nuvens
ninfa e pássara dasfloresta
teus arabescos e tuas raízes
vieram de um ventre outonal

talho o teu rosto em minha cabeça
e a cabeleira cresce no azul
onde coroamosa fronte de folhas
essência rara de puro êxtase

quis desenhar o brilho dos teus olhos
e tua boca sombreada de sol
trago um véu tecido de flores
a guarda por ti no bosque real

As ilustrações desse encantador escrínio de emoções,onde o poeta se esparge em óleos de muitos aromas,são foto de Branca Maria de Paula, sobre telas de Juçara Costa.A edição é primorosa e o conteúdo traz a magia de levar a reflexões.A poemática é sutil em sua essência filosófica,visceral e sentimental sem pieguice alguma.Há tiradas geniais:

*(...)”o homem sórdido(...) não coloriu as íris de arco-
íris”(in “TURVAÇÃO)
*(...)”

Há ainda um erotismo sutilmente denso,delicioso para a sensibilidade, no seu modo de amalgamar sabores texturas na tessitura de sua voz amorosa:

*(...)perdido em ti penetro tua polpa
gemo de êxtase no clímax afrodite
(in afrodite)
*(...) cavaleiro sem cabresto
trago os pés atolados nos estribos
e as reses para carnear
( in nômade)
*(...)eu hirto e dúctil
um potrode fogo”
( in vênus)

Há, em Pardal de Rapina, os elementos rurais da infância do autor.Incansável, pincela as imagens no papel,como em

Atmosfera

Guernecido de pássaros e crias
o vento descampou o cerrado

Plantado no verdor dos calos
A chuva devastou o arrozal

Derretido no caminho de casa
A geada encaneceu o lavrador

Vários outros elementos pictóricos preenchem os olhos da alma, sem lacunas ou indagações, tal é a força da Poiesis de Wilmar:”varadas de neblina e de fadiga/novilhas e potrancas em crinas/ecoaram pela estrada”(in êxtase no cerrado) .
O volume conclui-se com uns verso de auto-reconhecimento, metapoeta que se descreve e à sua poesia, dispensando-nos de falar mais:

A composição

A derradeira nascente
Acende a ilha cercadade águas
À derradeira vertente
Os lobos
É que varam atrás de alimento
E a primípara seta eu é que lanço
E vôo.

Imbuído na inovação/renovação, como em ANU, SEIVA, traz em si o mesmo gérmen da palavra despetalada, fragmentada para re-fazer-se de si.Pertencendo à coleção Almanach de Minas,organizado por Mulheres Emergentes(da poeta Tânia Diniz),SEIVA é o volume XV,erótico, sensual da capa ao último poemeto,o livro reúne versos da letra “A” á “Z”.Muitas palavras abrem a boca e engolem outras, algumas se subdividem quais cortes de cocada, pedacinhos que somem, pedacinhos que aparecem.Somadas, cumulativas.reduzidas,tudo para celebrar um possível enlace entre o linguajar capiau com o da erudição verbal do poeta.Se for isso.Pode ser apenas uma atividade entre o ludus e o Eros criada pelo Bardo.Saboroso.

De SEIVA, aí vai:

Letra x

Sigo persigno-t libélula
Ou gris álida q desdenhu
Di batom a teus lábios-
Haja tempestade e re-lã
Pejos t abraçu e dou-mi

Impossível não se enredar na composição dos fonemas.As reversões.A cadência lembra o trote de corcéis, mas por vezes tamanha é a sutileza, que pensa-se em plumas, asas de borboletas ou libélulas a fremir.
O primoroso prefácio é de Oswaldo André de Mello que aponta para as chamadas palavras-valises(em francês, portmanteaux),”verdadeiros achados,palavras que nascem da aproximação ou superposição de outras palavras”.Como sonuturno” ,advinda de três outras,sono,soturno e noturno. .. A mim, lembra o mistério da serpente sagrada, oroborus,completa em si própria,no círculo cheio de magia, que completa quando morde a própria calda.Assim essas palavras acopladas, ligadas, trans/formadas, argamassadas com o mel da sensibilidade .
Wilmar fica assim, marcado pelos neologismos,similares aos de Guimarães Rosa,mas com sua marca agreste e urbana,simples e complexa.A editora, Tânia Diniz lembra, no prólogo, que há uma “estreita relação homem x natureza,em suas mais latentes manifestações.Um repertório que ele domina pelas próprias experiências de vida no campo, onde passou a infância e a juventude.
Inventivo,o Poeta torna-se floricultor de palavras, passarinheiro,sempre.E cria “Arranjos de Pássaros e Flores”,onde cada escrito une um tipo de flor e um tipo de ave, resultando em significativos verso.Há Arranjo de Patativas e Palmas”,”Andorinha e kalanchoes,”,”Rouxinol e Gloxínias”..Além desses títulos,as trinta-e-uma poesias são ainda assinaladas,cada uma,por um numeral correspondente a um dia do mês.Um pássaro no singular e flores no plural,em cada página.

Para a amostra, escolho, quase aleatoriamente, tal a qualidade desse trabalho,

ARRANJO DE PAPA-CAPIM E ESPATIFILOS.

Eu-menino,divido espatifilos por ti

Miro-égua distante,ventosa e alada/
Verdejante,o intangível eu arvoreço
À sombra da imbuia,archote de luar
E agora, juncado por carrapatos,eu
Separo folhagens e frutos em vagens
Volvendo sementes em meu corpo-
Ascendo capim,mata-pasto/ar e busto
Encharcam meus olhos de cores,longe
Vôo de papa-capim, de surpresa, searo

Por mais que eu deseje apresentar o Wilmar, apontar com o dedo da luz sua forma irisdiscente de falar a poesia,escrevendo-a dessa maneira inusitada,coartadas ou soltas as palavras,não creio que deva apontar tudo, pois que tal descobrir seu “ar+ busto”,entre a agropoesia e a poesia erótica,no vínculo ebúrneo das suas invenções?E que tal poder “searar”todos esses versos numa incrível(crível) colheita?
No dia 15 de abril/2004, Wilmar Silva , na Academia Mineira de Letras,recebeu um prêmio pelo lindo e original livro Arranjos de Pássaros e Flores.


Por lobogabriel - 18 de Junio, 2009, 14:16,em http://isla_negra.zoomblog.com/archivo/2009/06/18/ensaio-sobre-o-Fenmeno-Poetico-Wilmar-.html