segunda-feira, 18 de abril de 2011

A locomotiva da vida

“Cê tem medo da morte?”
11/03/2011 psicotramas 2 comentários

1 cara me fez a PERGUNTINHA aí…

"Entonces, sem recorrer ao Duchamp (são sempre os outros os que morrem), tentei refletir sobre isso. Concluí que acho bom estar vivo embora também acho que é bom que as coisas tenham fim. Imortalidade, nem com anjinhos sorrindo eterna-mente no Paraíso.
Curioso&engraçado é que mal formulei: “é bom que as coisas acabem…” dei uma virada y acrescentei (mental-mente): “… que acabem, mas que continuem”.
Acho que minha quase involuntária associação veio advertida pelo delírio daquele rei français que achava que “après moi, le deluge”. E, ainda + surpreendente-mente, a frase do Duchamp retornou, modificada&consolada pelo “sempre” promissor, isto é, pra sempre haverá alguém constatando a morte dos outros, ou seja, pra sempre ou talvez, enquanto houver esse alguém, a vida continua…
Haja instinto de preservação da espécie humana, hã? Tá lá, encaroçadiiiinho, nos fundilhos do meu pensamento."

><**><


A página acima , recebida pelo Coro Coletivo, inspirou-me um poema:


A locomotiva da vida


A Darlan Tupinambá, que ama ferrovias e trens.
Clevane Pessoa

na linha do tempo,
na linha do trem,
dessa vida locomotiva
que me desmotiva
in tempora temporis
loca,
loca, em tempo loco
essa lo(u)ca VIDA
ora motiva
chora emotiva
dá esperanças de esperar
e não mais ser cativa
em vão
ora apavora
pois pode descarrilhar.
Vem
vem que não vem
virá?
Resfolegante,deselegante,
de repente é senhora
fina, rebrilha à luz,
prateia-se ao luar.
refina-se
valeu esperar
para viajar
nessa que agora

não vem,
ou vem,
virá
passa-passará,
ora, sem hora
sou pássara pequena
com medo de carcará
e sobrevôo os trilhos
ouço a matraca
dessa passagem inexorável
ou alço vôo par bem alto
e escapo do sobressalto ?
Mas

por ora,
sem hora para chegar,
sou caracol ao sol
lentíssimo passante
com medo de derreter
embora
no meu próprio ritmo
na esperança
de saber
que aqui não há sal
e que talvez possa sobre/viver...

embora caminhaaaaaaando
na linha do trem
ou volitando sarcástica e impuneMENTE
acima do Bem desejado
e do Mal advinhado.

Shhhhh...Shhhhh...Shhhhh
psssssssssssssssPsssssssssss
Pssssssiu
Já passou...
Pas........................................sou......

--

Clevane Pessoa de Araújo Lopes
Membro da REBRA_Rede Brasileira de Escritoras.
Representante do Movimento Cultural aBrace-Brasil;Uruguai
Vice Presidente do Instituto de Imersão Latina-IMEL.
Embaixadora Universal da Paz -Cercle de Ambassadeurs Univ.de la Paix-Genebra, Suiça,
Consultora de Cultura da Associação Mineira de Imprensa-AMI.
Membro da Rede Catitu de Cultura; do virArte, da ONE, da SPVA/RN, da CAPORI, da APPERJ,e do PEN Clube de Itapira.
Colaboradora da ONG Alô Vida. .
Membro Honorário de Mulheres Emergentes
Divulgadora e Pesquisadora do MUNAP_Museu Nacional da Poesia
Dama da Sereníssima Ordem da Lyra de Bronze
Acadêmica da AFEMIL-Academia Feminina de Letras; da ALB/Mariana;
Acadêmica Correspondente da ADL, ANELCARTES, ATRN, AIL, ALTO, da Academia Pre-andina de Artes, Cultura Y Heráldica; Academia Menotti del Picchia

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