quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Poesia para Parar o Tempo, Segundo Dayrell


O autor d POESIA PARA PARAR O TEMPO , Antonio Dayrell e sua ilustradora, Iara Abreu, na data do lançamento crédito da foto:Brenda Mars).



O tempo é sempre algo a ser vivido, entendido e , por desejo, detido.O tempo de idade deveria parar, pelo menos aos quarenta naos, fisicamente, e a pessoa continuar o amadurecimento espiritual e de personalidade.Mas a decadência é inevitável.Cronometrar vem de CRONUS, Deus do TEMPO, o mesmo Saturno, para os romanos, cuja história é de canibalismo:
Nas metáforas do Mito, CRONOS , filho de URANO, castra seu pai, o “deus do Céu”, que não morre, mas CRONOS toma posse de seu trono.A mitologia é cheia de incenstos e ele casa-se com a sua irmã, chamada REIA.
Um oráculo lhe dissera que um dos seus filhos o destronaria e assassinaria.Muito ambicioso, ele passa a devorar cada filho que nasce .
Reia, revoltada e infeliz, pede ajuda a GEIA (a Terra) e a URANO (o Céu). Então, pode ocultar seu último filho, ZEUS, mais tarde, Senhor do Olimpo, a morada dos Deuses –enganando-o ao lhe dar para devorar, uma pedra, que embrulhara em tecido .Ele a engole sem perceber a trama.

Percebendo essa relação temporal do ser com todas as coisas, que tanto fascina os poetas,o singular e apaixonante Mário Quintana escreve:

“O tempo é uma invenção da morte:
não o conhece a vida - a verdadeira -
em que basta um momento de poesia
para nos dar a eternidade inteira.”
(Mário Quintana)

Então, aqui encontramos a chave:tememos o Tempo, pois ele nos empurra lentissimamente dia a dia, minuto a minuto, para a Morte- a mesma à qual nos condenaram os deuses.Mas o poeta quer ser eterno, então , através da palavra, realmente perene, quanto melhor e bela, mais eterna, mais seu nome será lembrado e digo sempre que o poeta não morre,não enquanto for lido:vive através de seus versos...

Então, Antonio Carlos Dayrell, intitula seu livro de POESIA PARA PARAR O TEMPO e diz :

"Parei no tempo
Para escrever.
Quem disse que
o tempo não pára?
Para mim , simplesmente,
Não começou..."

(in “Poesia Para parar o Tempo”, que nomeia esse poema e intitula o livro)



Esse início, mostra a continuidade da vida desejada, para o homem de fé, um símbolo ou metáfora de eternidade, de continuação após a morte terrena, mas numa abertura ao fazer contínuo , algo de sua personalidade.Advogado e maquetista, criou e executou pacientemente a pomba da Paz, que foi entregue no evento Paz e Poesia
A diversas pessoas.O próprio livro, foi feito artesanalmente, com a ajuda importante da ilustradora, Iara Abreu, que buscou, com seu talento, interpretar, com imagens, a mensagem de cada poema do amigo.
Dayrell vai longe nessa incursão poética.Lembra ancestrais-vikings-“eternos combatentes, unidos pelo ideal da paz”(...) , projeção de seu prórpio “combatr o bom combate”.

Para a prima Dinorah do Carmo, jornalista-a quem conhecemos por lê apresentada, no “BH na paz” de 2008, oferece “Invocação”, dirige-se ao Senhor Ar, à Senhor Terra,à Senhora Água, ao Senhor Fogo, falando aos quatro elementos ,franciscanamente.

Também, para Pierre Weil,in memoriam, criador da Universidade da PAZ fala da paz, tem seu interesse e prática:

(...)”Pela Paz envolveram a humanidade em poder”...

Para Iara Abreu,que ama e desenha felinos urbanos, escreve “Bicho Solto”, onde comenta que os gatos
(...)”habitam a nossa imaginação”(...)

Belorizontino, formado pela PUC em Direito, onde também , pelo IEC, é pós graduado em Direito de Empresa.Trata-se de uma pessoa que tem por característica marcante ser amigo de seus amigos, prestativo, solidário.
Iara Abreu , outra pessoa a quem os amigos admiram e prezam, grande ilustradora de poemas, é licenciada em desenho e plástica pela FUMA, em Belo Horizonte.
Uma parceria deveras harmoniosa.

E, “para parar o tempo”,em busca das metáforas da eternidade, leia Dayrell.

Clevane Pessoa de Araújo Lopes




Quem quiser lê-lo, vá a seu blog, antoniodayrell.blogspot.com e para comprar o livro, essa verde edição do autor, escreva-lhe: "Antônio Carlos Dayrell" ,


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“Tempo, Cronos e Kairos
Está difícil achar tempo pra tudo o que temos vontade de fazer, não?
Como "perdemos" tempo fazendo tantas coisas, e sobra bem pouco pra cuidar de nós mesmos!
Veio um poeminha sobre o tempo na minha cabeça, depois resolvi fazer uma pesquisa sobre a palavra "tempo".
Pra quem conhece mitologia, temos o mito de Cronos.
Cronos, ao sentir a ameaça de ser destronado por um dos seus filhos, come-os assim que nascem, engole pedra embrulhada em pano (vai ter que ler o mito pra saber).
Uma tentativa de autofagia do tempo? Tudo que nasce do tempo é devorado pelo próprio tempo?
Freud explica, ou Jung, desculpe.

Cronos, palavra grega que significa o tempo medido pelo relógio.
Cronos é o tempo linear, em seqüência. Ele quem dita o ritmo de nossas vidas.


E existe outra maneira de abordar a vida: kairos.
O tempo passa a ser algo que é vivido, algo do qual se tira valor.
Sempre perguntamos "você passou bem o dia?" , claro que não queremos saber do tempo linear, mas da qualidade desse tempo, ou seja, kairos é o tempo qualitativo.



E agora, como sincronizar Cronos e Kairos?



"CHRÓNOS FUGIT" - então: "CARPE DIEM"!!!”

Solange Firmino


Fonte: http://solfirmino.blogspot.com/2005/03/tempo-cronos-e-kairos.html

Um comentário:

Amélia Luz disse...

A poesia pode parar o tempo
A poesia eterniza o nosso momento
A poesia é vida "achamarte" nos meandros da fantasia...
Se Dayrel faz dela o seu brinquedo preferido,aproveite seus versos sem medo... Vale a pena penetrar no mundo manso do poeta.
Abraços... Sucessos...
Poetisa Amélia Luz - Pirapetinga/MG