quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
Gabriel Bicalho, homenageado por Andréia Donadon
Fotos gentilmente cedidos por Andréia Donadon Leal.Ela e Bicalho premiam o chargista camaleão e foto dele, com as crianças, enfim , momentos de atitude e participação social.
O antúrio Branco é uma homenagem ao pseudônimo usado pelo Poeta ao concorrer e ser classificado em primeiro lugar, com seu poema sobre a roça mineira.
Andréia Donadon afiança-me o que também sei:Gabriel Bicalho é gênio.Da palavra, da singularidade, do ser-em-si, do ser-para-o-Outro.
E a poeta homanageia o poeta.Da mais jovem, para o mais vivido,ambos num plano de sensilbilidade especial, que muito admiro.Cada um numa ponta do aldraviwsmo, Movimento Cultural que nasce em Mariana para o Mundo.E sinalizo:se você gosta de Literatura e Arte e ainda não buscou saber sobre o Aldravismo, precisa urgentemente, ir à cata dessas gemas, no garimpo do belo, do atual, do singular.
Uma nova época e literária e artística se forma.É Minas que transforma o usual, o gasto.A coragem da renovação vem da cidade que foi a primeira do Estado.A porimaz.Berço de poesia,religiosidade, igrejas, trasncendentalismo.E os aldravistas, como que dizem:não precisamos dizer tudo, deixamos espaços para o olhar do que nos sabe. Deixamos que fechem as gestalts...
Desse grupo talentoso, o mestre Gabriel Bicalho deixa-me sempre comovida, ao repassar as crianças, sem atentar para a diferença etáriua, seu saber poético.Ao solidarizar-se com outros poetas.Conta-me que sabe de mim desde dos tempos do NUME, em Juiz de Fora ,da Gazeta Comercial,onde eu mantive páginas literárias ("Ribalta Lítero0 Artística", "Carrossel", "Gente ,Letras e Artes") ,das trovas.
Eis o poema-homenagem ao maestro das palvras:
AO POETA GABRIEL BICALHO
Andreia Donadon Leal - Déia Leal
Se eu falasse a língua dos anjos
ou de Drummond
ou de Cecília
ou de Bicalho
ou todas estas línguas
mescladas nas teorias dos grandes filósofos
ainda nada seria
Se eu falasse a língua de Dirceu
ou a linguagem nostálgica
da poesia dos inconfidentes
ainda seria pouco
Ou se bradasse em tom pungente
altissonante
ou em tom retumbante
ainda seria muito pouco
Ou falasse o mistério do tempo
o peso metálico da alma que vibra
no chamar
no bronze
no ferro
na ferrugem
ou
do amigo leal
que fraterno
discreto
ou
expansivo
cativa
na palavra cortês
na generosidade do abraço
na generosidade de ser
na maior das maiores
riquezas que se possa ter
ou visualizar
no marulhar do teu olhar
ou no pélago das ondas
de um mar que se agiganta desde minh'alma,
alma navegadora
alma de poeta mor
de poeta que fecunda
as palavras
que lapida a pedra dantesca
as arestas da fala
ou que liberta
na expressão de criar
a sensibilidade na angústia
ou
na efemeridade da brisa
marinha
levando sua poesia
no cais
no caos
nas profundezas das arraias
no balé na areia
ou como um caracol
ou no quebra-mar
quebra mar
quero amar
a poesia
no porto perfeito de seu peito
barco à deriva
em busca de si mesmo
em busca das velas soltas
no mar
sem rumo
sem remo
velas soltas
e brancas velas
de sua mais
bela e liberta Poesia!
Ao poeta arcanjo das Gerais
deixem-no
VOAR
!
Quando recebi a Medalha do Colar de Mérito da Câmara Municipal em Belo Horisonte,os aldravistas deram um show peculiar de beleza ,erudição, excelência.J.B.Donadon, Andréia, J.Sebastião Ferreira.Estávamos nos Restaurante D.Preta, em espaço aconchegante, oferecido pelo Porta Claudio Márcio Barbosa, sua mãe,D.Preta e seus manos.Ali estava o grupo de poetas e artistas da Rede Catitu,presidida por Llobus, a Marília Siqueira, do CLESI de Ipatinga, Regina Mello,do MUNAP, Marco Aurélio Lisboa, Luiz Lyrio,a duplas de casais Ricardo Evangelista e Sueli Silva (do "Poetas Quae sera Tamen") ,o cantor Beto Lino...E membros do "Alô Vida", a ONG que atende , por telefone, pessoas em desespero, a impedir que seu suicídio, muitos deles, poetas.Beto Lino, o cantor .Esse,em breve, lançará um Cd que noticiaremos e avisou que musicará poemas de minha autoria, de outros Poetas.
E Gabriel Bicalho pôs-e a ler sua poesia densa e rica, mas leve e aldravista.Foi um mmomento inesquecível para mim...
O poema de Andréia é belo, belíssimo, à altura do homenageado,limpo, mas barroco, nos arabescos das alegorias ,pela circunvolução onde se inscreve a palavra exata.A verve da autora, circunscrita na escrita do verbo, do versos, é uma obra de arte, artista que a Poetisa ( * )é.
(*) Não obstante a polêmica sobre chamarem de "Poetas " às mulheres,gosto da con/sonância dessa palavra.Digo que sou "Poetisa, sacerdotisa do verbo".E ela o é...
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