terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
"O Flautista de Todas as Fátimas"(Rufo) e Poema Vermelho(Clevane)
tela:
"O Flautista de Todas As Fátimas", do poeta, escritor,o artista plástico (escultor e pintor ) Luiz Carlos Rufo
Poema Vermelho
Clevane Pessoa
Para Luiz Carlos Rufo
Sangrassem, as rosas,
o sangue teria perfume vermelho.
Na composição biopoética
do sangue das rosas,
con/vivem
células de caroços de romãs,
místicos e condutores de crenças ;
mórulas de amoras sensuais;
amores de maças do paraíso.
Penas de Lóris branca, manchada no peito;
Morangos saborosos
em champagne;
Clamores de combatentes
em campos de batalha pela Paz.
Suor sangrento de porfíria incompreensível e letal.
Mancha de virgem em lençol de linho.
Safra de raríssimo vinho;
menstruação, de/flor/ação,nascimento
Batom onde a cera de abelhas
convida ao mel.
Tons de lábios grandes e pequenos.
Labaredas :salamandras
elementais do fogo,
a desenhar em rubro,
linguetas de linguagens
poderosas.
Aromático sangue de rosas:
licor dos deuses,
a representar
a essencial mais sutil da arte:
o milagre da criação humana.
Belo Horizonte, Minas Gerais,Brasil em 16/02/2007,poema sobreposto aos dois versos inciais, escritos em minha adolescência- em homenagem à tela "O Flautista de Todas as Fátimas" (RUFO).
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