terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

"O Flautista de Todas as Fátimas"







O flautista, o artista a reinventar um flautista.As fátimas do imaginário se expandem pela rubra cor que caracteriza o Universo feminino biológico:o vermelho.O sangue.Donde ela nasce,donde ela é, se faz mulher ,na menarca ("ficou mocinha" ,explicam as outras:já pode procriar), o milagre da multiplicação, o milagre da parição.O "sangue do meu sangue":fruto que afiança a linhagem.A flauta abre em leque seu som de pastoreio e doçura.Aparece uma das fátimas e flutua, chagalmente,na chaga do céu .Tons carmin.A filha do artista ,obra de carne, mulher,fotógrafa, os fotografa, aparece para registrar a obra paterna.As amigas aparecem, fátimas tantas,e manifestos brotam, testemunhos de testemunhas verazes.
E a tela espanta, na cardinalidade, nos tons e sobretons carmináceos.Penso em sangue de rosas (*)um dos versos de poema escrito com dor. E encantamento.

Vou ao blog de Rufo e , sem poder lá estar, no seu locus de ser, pela telinha, delicio-me.

O artista, LUIZ CARLOS RUFO (*) ,em seu trabalho, carrega seu mundo espacial, seu universos de receptações, seu Cosmos particular.Aprende ao caminhar, ponderar, e ser.E apreende.mas, na caminhada, a lição maior:repassar a essência artística.Presentear o olhar do outro , comm as nuances de seu próprio olhar.

Com o"O Fautista de Todas as Fátimas", Rufo faz com que o protagonista masculino, permita a aparição do elemento feminino:as fátimas,as que sobrevoam o Real.Mesmo um real cardeal,com caroços de romã,vinhos e uvas, amoras, amores,maçãs,morangos, sangue de rosas vermelhas,repito.Sentimos o aroma,do abstrato de seu estilo para a realidade do retrato universal da mulher.Um artista.Um flautista.Uma Fátima.As fátimas.

Clevane Pessoa de Araújo Lopes
Diretora Regional do InBrasCi ( **)em Belo Horizonte, Minas Gerais.

(**)Instituto Brasileiro de Artes Internacionais.

(*) Luiz Carlos rufo,artista plático, escritor e poeta, leva uma vida generodsamente artpistica.labuta todos os dias por essa necessidade de expressar a beleza.Tarefa das mais grandiosas, a meu ver.Escultor, pintor, quando escreve, usa parábolas , alegorias, flue qual o faz em seu Universos de tintas e técnicas e materiais.
Uma pequena amostra, de seu belo "onde e Quando", livro que venho de reler we continuo em estado de graça:


"A verdade que flutuo e que, na verdade,não ocupo um espaço fixo no ambiente"(...)

"Influenciar,aplacar ou acolher não são atributos de minhas incumbências.Eu apenas espero.É o que de fato sei,e sei também que as mudanças virão e o que terei de fazer,chegará com a luz de meu saber."

"Adoro os pássaros, que estranhamente, assemelham-se a mim".

Ao ler "Onde e Quando",lembro-me da orquídea em plena floração, apoiada ao tronco secular e aparentemente grosseiro:onde uma , onde outro? Pode-se pensar ,de longe que as flores são da árvore que resolve contribuir para a expansão da beleza.De perto, sabe-se da necessidade de um apoio que originou a possibilidade.E o aroma sensual é fruto da generosidade do tronco:a filosofia de vida do autor.As flores?Ah, são as palavras...


Clevane



Vejam mais, em:http://luizcarlosrufo.blogspot.com/

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