segunda-feira, 30 de junho de 2008

Déia Donadon em colóquio com Carlos Drummond de Andrade









Déia Donadon (*), artista plástica de plasticidade íntima e exteriorizada para suas telas aldravistas-e, para quem ainda não sabe ,mas precisa saber, o ALDRAVISMO é o novo movimmento cultural mineiro, que , sediado na primeiríssima cidade do Estado, Mariana, vem amplaindo-se e tocando vária pontas , muityas mesmo, da grande estrela do mundo.
Convidada a estar em Itabira, e estar significa paraela, apresentar sua Arte e sua Literatura,às quais depura, enxuga, põe a secar ao calor do sol, mas apenas sugerir, que não quer impor formas nem cores...Essa, a mesma sutileza dos autores e Poetas que congregam-se em sintonia , harmonia e se encaixam , aldravistas de pensar aurado e podado para omessencial apenas.

Na última semana, essa libélula humana andou por Brasília, onde homenageou e foi homenageada no Sindicato Nacional dos Escritores, conheceu meu caro amigo Gistavo Dourado, depois de retornar à primaz de Minas,foi a Itabira, onde a selecionaram entre cerca de novecentos inscritos para expor sua arte.

Antes, já havia ido à sua terra-natal, Santa Bárbara, tratar de assuntos ligados à Arte, convidou-me para mandar uns desenhos.A expo será em agosto e com gosto, muito, disse que iria.

Posto as fotos de Andréia, li(s)bél(u)la, a entremear seus versos aos de Drummond.Lembrei-me e lhe contei que quando estive na Fundação Carlos Drummond de Andrade,na qualidade de Psicóloga, para falar de sexualidade na adolescência, Iara Tuinambá, a grande pintora mineira, reproduzira a foto dele, o itabirano célebre, em uma tela mágica, com vários paneaux coloridos, leves e nostálgicos-além de outras criações-e essa tela estava no convite, que era muito lindo.Trouxe de lá um pequeno cartaz prateado, com o conhecido facies de Drummond em negro, a bico-de-pena , mais uma caixeta omemorativa, com centenas de papéis para anotação.E respirei o ar sacralizado de uma Itabira que guarda as glórias de seu filho ilustre.

Penso que Carlos comenta com Deia, que gostava de desenhar(vejam os desenhos;caricaturar-se, auto-retratar- entre outros debuxos).E ela o ouve, a convidá-lo talvez para um EMARANHAMINAS, neologismo de suas entranhas.Concordam?

No centenário de Drummond , fiz muitas palestras (O HOMEM e o POETA), inclusive na Academia Dorense de Letras (em Boa esperança, MG), na última vez que vi e conversei com o saudoso José Lourenço Naves, seu Presidente.
Quem o substituiu é a compentente Marisa Parreira,pesquisadora do folclórico Pastoreio, em sua cidade lendária (quem não conhece a canção de Lamartine Babo , Serra da Boa Esperança? O cantor e compositor correspondia-se , do Rio com uma jovem de lá -que era apenas um fã, usando um psuedônimo feminino, para conseguir um autógrafo...).
Sou membro correspondente da Academia e antes de fazer-me conhecer, por duas vezes, fui premiada nos certames tradicionais da ADL, por Conto e "Poesia Moderna".

Andréia ficou ainda mais bonita, com sua vivacidade, e espontaneidade e sorriso,perto da estatuária, no entanto, por saber a lingua dos anjos, pôde murmurar a Carlos seus segredos e versos e convidá-lo ara a exposição de suas telas.Anjinha droit, perto de um anjo gauche por auto-definição, mas apenas por subestimação, a natural dos tímidos.Desses que escondem poemaas eróticos debaixo do colchão...

Clevane Pessoa de Araújo Lopes

Diretora Regional do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais (InBrasCi ), em Belo Horizonte.

(*) Andréia Donadon, Governadora do InBRasCi em MG.

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